Um inventário dos “segredos” de Sevilha, capital da Andaluzia, não caberia, provavelmente, em livro nenhum, e muito menos numa pagina de um site de Turismo como este.

Mas aqui fica o atrevimento de sugerir algumas pistas para um roteiro de breves prazeres pela cidade do Guadalquivir.

 

Quem sabe que idade tem o bairro de Santa Cruz em Sevilha?

Posta a questão assim, fica no ar uma falsa pista. Aquela que é uma das zonas mais visitadas da cidade de Sevilha, e considerada como uma das mais “típicas”, não tem raízes em tempos de antanho. A certidão de nascimento não tem sequer um século, aliás.
 
 
O Bairro de Santa Cruz começou a nascer aí por volta de finais dos anos 20, segundo uma ideia do Marquês de Vega Inclán, no espaço onde jazia arruinada a velha judiaria da cidade, nomeadamente na zona delimitada pelos Reais Alcázares e a Calle Mateus Gago.

No horizonte estava a Exposição Ibero-Americana de 1929 e o objectivo era construir um modelo exemplar de um povoado andaluz. Um dos aspectos mais conseguidos diz respeito à integração de antigos edifícios monumentais, como a Igreja de Santa Maria la Blanca, antigamente uma sinagoga, ou o Hospital de los Venerables.
 
Hoje, ainda que a Triana continue a ser uma das zonas de maior autenticidade de Sevilha (três imprescindíveis jornadas: Calle de la Pureza, Calle Betis e o Callejón de la Inquisición, com os seus belos pátios floridos), o bairro de Santa Cruz acabou por se tornar num destino de peregrinação obrigatória não apenas para os turistas, que a cada volta podem sempre descobrir novos e surpreendentes pormenores, como para os próprios habitantes no cumprimento das suas rotinas lúdicas.
 
A área acolhe alguns dos mais populares bares de tapeo da cidade. Mas há outros locais interessantes noutras zonas da cidade, como as ruelas e praças do bairro de Santa Cruz. Apesar de alguns locais se ataviarem para o olho do turista, ali podemos encontrar verdadeiros santuários onde a arte do tapeo está superiormente representada, como no caso da Casa Román.
 
Mas alhures, um pouco por toda a parte, multiplicam-se esses pequenos paraísos onde copos de manzanilla ou de vinho branco acompanham o salmorejo, nacos de jamón ou picadillo. As praças de Galviria, Alfalfa e de San Lorenzo, assim como os inúmeros bares da Triana, do outro lado do Guadalquivir, são por alguma razão muito animadas. Alguns endereços mais: El Riconcillo, na Calle Gerona, La Bodeguita, na Plaza del Salvador, Bienmesabe, na Calle Macarena, Los Latinos, na Calle Virgen de la Estrella e La Cañera, na Calle Pureza, nome adequado dada a sua localização no emblemático bairro da Triana.
 
Do lado de cá, e aos fins-de-semana, é impossível não seguir o rastro do imenso burburinho que rompe da Plaza del Salvador e das ruelas próximas. Podem os bares fechar as portas, a horas que são já desoras, que a festa continua na rua, improvisada em excêntricos piqueniques de copas que duram até ao amanhecer.

Flamenco em Sevilha: onde ouvir, onde aprender ?
 
A Triana, bem entendido, continua a deter o mérito de ser o lugar mais referenciado em qualquer geografia do flamenco.
 
E não do canto ou da dança exercitadas para aplauso do turista em comitiva, coisa que em Sevilha é o pão nosso de cada dia. Não. O Bairro da Triana tem história, tem histórias, e pelo menos uma delas pouco nobilitante: o caso é que aí pelos idos de sessenta as autoridades municipais decidiram expulsar da zona as comunidades ciganas, ou que atirou o bairro musical para uma situação agónica.

 
Mas como a alma se faz imortal também para as coisas lúdicas, o flamenco regressou às ruas da Triana, particularmente a uma área conhecida como Las Tres Mil Viviendas.

É nessa espécie de trincheira, onde se resiste aos estragos da modernidade, que “cantaores, bailadores y musicos” mantêm viva a arte do flamenco num dos seus espaços de eleição, a rua.

Um pouco desse sintoma de criatividade e de resistência a popular está registado no disco «Las Tres Mil Viviendas, Viejo Patio».
 
Quem não aprende em casa pode ainda recuperar a voz do sangue numa das mais reputadas academias andaluzas de flamenco, a Fundacão Heeren, localizada no Bairro de Santa Cruz.

A instituição é uma universidade do flamenco mais ortodoxo, mais puro, menos tocado pelas práticas de fusão.
 
A Fundação Heeren disponibiliza informação na Internet sobre a sua actividade.
 
Plaza de España, Sevilha
 
As matérias estudadas não se reduzem às técnicas de canto ou de dança mas incidem igualmente num amplo leque de contextos essenciais para compreender a arte: literatura, antropologia, história, coreografia, interpretação, harmonia, cantos religiosos são, por exemplo, outras disciplinas consideradas essenciais para uma aprendizagem sólida do flamenco.
 
A monumental Feira de Abril constitui, naturalmente, uma boa oportunidade para escutar o flamenco mais popular da pátria sevilhana, mas porquê esperar pela Primavera? Amanhã mesmo, se para tanto se orientar o desejo do viajante, poderemos cerrar os olhos e com um copo de manzanilla entre as mãos, esquecer o cinzento quotidiano de brandas emoções.
 
A oferta é ampla e com diferentes colorações, para gostos de variada exigência. Eis os endereços de alguns dos tablaos mais reputados: Los Gallos, na Plaza de Santa Cruz, El Arenal, na Calle Rodo, e El Patio Sevillano, no Paseo Colón.
 
 

Talvez de um momento para o outro uma voz e uma guitarra atravessem subitamente os anos-luz de distância que separam o viajante da mais autêntica e esquiva galáxia do flamenco.
 


Quase obrigatorio é levar as crianças a ISLA MAGICA, só aqui se diverte com a família inteira...

Para finalizar, deixamos a seguinte duvida no ar :
Quantas degraus tem as escadas da torre da Catedral Giralda ?
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